Descobertas

A HUMANIDADE É UM "LOCAL ÚMIDO"

No limiar do século XXI descobriu-se que

tudo tem início e fim na ÁGUA.

No século XVII caiu uma maçã na cabeça de Newton e ele criou o conceito da força gravitacional. Recentemente, algo semelhante ocorreu no laboratório do cientista Zenin fazendo-o descobrir que a água se comporta como um organismo vivo. O caso foi assim. Uma "curandeira popular", que passava por testes neste laboratório, saiu em viagem de férias deixando na bancada um recipiente com água "energizada" por ela durante os testes. A assistente de laboratório media diariamente a condutibilidade elétrica desta água e os aparelhos sempre registravam 30 microampéres. Certo dia, o ponteiro do aparelho caiu repentinamente para seis microampéres. O que aconteceu? A assistente comunicou o ocorrido a Zenin. Ele chegou de imediato e, junto com outros funcionários, testou a aparelhagem. Tudo funcionava perfeitamente. E não teriam encontrado a causa da queda de condutibilidade da água se não fosse um telefonema. Naquela mesma noite receberam uma ligação interurbana. Era a "curandeira" ligando assustada de outra cidade para dizer que tinha sido assaltada, há algumas horas atrás, e que os ladrões levaram todo o seu dinheiro. O pessoal do laboratório enviou-lhe uma certa quantia e logo o ponteiro do aparelho voltou a marcar os trinta microampéres iniciais. Tudo isso só podia significar que a água do copo estava de algum modo ligada à pessoa que deixou nela uma ínfima parte de si e, mesmo à distância, esta água conseguia refletir a condição psíquica e física da pessoa.

Este tipo de fatos é particularmente surpreendente para um cientista sério. Se, por um lado, tudo isto é improvável e não encaixa nos moldes das teorias existentes, por outro lado – é um fato indiscutível e registrado por aparelhos. Stanislav Zenin, entretanto, formado pela escola científica do acadêmico N.N. Semenov, ficou mais contente do que surpreso. Isto porque a teoria que criou e desenvolve já pressupunha algo assim.

Zenin descobriu que a água possui a propriedade de "lembrar" ou "gravar" a influência exercida sobre ela e passar adiante a informação recebida. Como faz isso? Acontece que as moléculas de H2O não existem individualmente, juntando-se em blocos bem resistentes formados de 912 partes. Estes blocos, que Zenin batizou de "supermoléculas", são parecidos com o cubo "mágico" de Rubik. A memória da supermolécula reside na estrutura de formação das moléculas individuais. Quando a ordem é alterada pela ação de uma força externa – esta ação é "lembrada" ou "gravada". Se a ação não for exercida por tempo suficiente para alterar a ordem, a água volta ao estado inicial e "esquece" de tudo.

Mas, para que a água precisa de "memória"? Para transmitir a informação. Como, por exemplo: tomamos um comprimido contra dor junto com um copo de água. A fórmula química do comprimido fica codificada nas supermoléculas e estas correm por todo o organismo "transmitindo" o modo como devem ser alterados os processos bioquímicos para que a dor cesse.

Uma grande descoberta sempre se transforma na chave para a revelação de uma série de mistérios. Este caso não foi exceção. Vejam os paranormais: alguns são capazes de curar pessoas e, até hoje, ninguém conseguiu descobrir como isto acontece. A teoria de Zenin permite explicar isto pela primeira vez. Usando o método de ressonância magnética nuclear e outros métodos, Zenin demonstrou o efeito que o paranormal produz na água: os aparelhos registraram com precisão as transformações ocorridas nas supermoléculas. Assim, partindo do princípio de que o ser humano é composto de 65% de água, não há diferença entre ele receber água "energizada" ou uma ação direta do paranormal.

Aliás, dos 250 paranormais que passaram pelo laboratório de Zenin, somente sete obtiveram marcas elevadas nos testes de reestruturação da informação das supermoléculas. Cinco deles conseguem elevar a condutibilidade da água para 800 – 1000 microampéres. Os outros dois (Aleksandr Suvorov e Rashid Abdulov da cid. de Piatigorsk) – batem todos os recordes da Rússia, sendo apelidados de "estações elétricas ambulantes". O primeiro consegue induzir quatro mil microampéres e o segundo – até sete mil!

Significaria isto que os restantes 243 paranormais com influência fraca seriam charlatães? Não. Algumas pessoas possuem o poder da sugestão. Mas existe um número muito maior de pessoas que querem e sabem ser sugestionadas. Pessoas deste tipo agem tanto como efeito de "afinação intercombinada", quanto como o efeito "placebo". Simplificando: a pessoa acredita no milagre prometido (ou sugerido), suas forças interiores mobilizam-se e ela é curada.

Eu quis fazer o teste de "energização" da água. E se, de repente, descubro que sou o oitavo da lista, me transformo num "curandeiro popular", fico rico e compro uma vila na ilha de Chipre? Zenin atendeu o meu pedido. Durante 15 minutos me esforcei concentrando-me ao máximo sobre o copo com água, tentando despertar internamente paixões demoníacas e fazendo lindos passes com as mãos. Infelizmente, o ponteiro do aparelho nem se mexeu. Sem perder a compostura, culpei o aparelho. E se estivesse quebrado? Então, os assistentes colocaram no meu lugar a sensitiva Tatiana Danilova do "grupo dos sete", especialmente convidada para a ocasião (algumas pessoas tem sorte – ela, além de tudo, é muito simpática). Então, na minha frente, ela alterou a condutibilidade da água. O ponteiro se mexeu apontando para um ponto bem distante da escala. Só que, estranhamente, no sentido oposto! Ou seja, a condutibilidade diminuiu. Então, Tatiana explicou que há meia-hora atrás tratou uma paciente com câncer e agora, no laboratório, repetiu a mesma atitude mental. Aparentemente, a água "mortificante" reduz o desenvolvimento das células cancerígenas. De qualquer modo, quando Zenin despejou esta água num recipiente com infusórios (espirostomas, conforme informação da cientista N.A. Tuchmalova) vivos e em movimento, os micro-cobaias de laboratório pararam rapidamente de movimentar-se e morreram. Tudo isso foi constatado claramente através de microscópio. Tatiana também consegue elevar a condutibilidade da água mas, prefere combater tumores. Ela diz que poderia transformar-se em bruxa, provocar males e mau-olhado, mas nem tenta fazer isso. O dom que possui é como uma faca: pode-se utilizá-la para preparar o almoço ou para cometer um assassinato.

Falando em almoços, lembram-se da crença popular de que bons cozinheiros tem uma "boa mão". Percebem? É possível que, junto aos fogões dos melhores restaurantes do mundo, trabalham paranormais que, passando por uma seleção natural, se especializaram em culinária.

O mundo físico está intimamente interligado

É fácil imaginar como e em que situações extraordinárias os cubos de supermoléculas se desfazem em blocos e partículas. Entretanto, é muito mais importante entender o que as mantêm juntas. Descobriu-se que a coesão das pesadas supermoléculas é resultado de comportamento leviano do hidrogênio. Este elemento "sacana", mesmo preso por laços químico-matrimoniais ao oxigênio de sua própria molécula, insiste em ocupar no espaço uma posição mais próxima ao oxigênio de uma outra molécula (esta é uma situação única, quando a aproximação física não é adúltera). Portanto, as ligações íntimas do hidrogênio dentro da supermolécula desempenham a função de grampos. Ao descobrir isto Zenin percebeu que, conforme suas próprias palavras:  --  "abriu-se a possibilidade de elaboração de novos conceitos fundamentais da física além dos existentes".

A partir dos seus conceitos sobre as ligações de hidrogênio, Zenin consegue explicar concretamente a força, a energia e o campo. Promete em breve explicar também o conceito totalmente nebuloso da gravidade. Às vésperas do início das viagens à Marte tal conhecimento viria a calhar. Ttambém na Terra poderemos encontrar alguma aplicação para os aparelhos "antigravitacionais".

Reconheço que pouco entendi da fórmula matemática principal que Zenin tentou me transmitir. Percebi somente que esta fórmula abrange profundas questões quanto à concepção do nosso mundo e, pela sua importância, pode ocupar um lugar bem próximo à da fórmula einsteiniana E=mc2. Por que não? Zenin é candidato a doutor em Química e em Filosofia. O tema da sua segunda dissertação foi sobre a "forma química do movimento da matéria". A terceira dissertação – de doutorado em Fisicoquímica já está escrita há tempos, mas ele ainda não teve tempo para defende-la.

Aliás, há vinte anos atrás, o filósofo Zenin havia percebido que a "forma social de movimento da matéria", inventada por Marx, simplesmente não existe pelo fato de não possuir substrato. Em apoio à teoria de Marx, o famoso filósofo, S.T. Meniukhin (que foi o orientador científico da dissertação de Zenin), propôs das tribunas científicas que se procurasse este substrato nos campos eletromagnéticos. Os cientistas da época tentaram sinceramente provar e manter o materialismo histórico. Mas, não se pode encontrar algo que não existe. Este resultado significava que a construção do futuro deve ser iniciada pela construção do ser humano e não da sociedade. Obviamente, tal revisionismo espontâneo prejudicou a carreira de Zenin. Ele, entretanto, já demonstrava naquela época que não era nada cego.

Estou relatando isso com o objetivo único de mostrar quantas portas se abrem na ciência com uma chave bem elaborada. O problema é que a confecção desta chave é muito trabalhosa.

Ao decodificar a água, Zenin descobriu nela o efeito de "complementaridade", conhecido da ciência pelas pesquisas do DNA. Então, surgiu a suposição: esta complementaridade não estaria predeterminada pelas propriedades da água? Na falta de outros pretendentes à função de construtores principais do DNA, podemos considerar comprovado que: a água foi a base da informação de todos os processos bioquímicos e da vida em si.

Existe mais uma conclusão hipotética, mesmo sendo baseada em fato científico incontestável. Trabalhando com o paranormal Alan Tchumak, Zenin estabeleceu que ele irradiava uma pequena "potência" – cerca de 10 microampéres (Tatiana Danilova irradia 300). Contudo, este paranormal possui a capacidade única de transmitir seu efeito extrasensorial à distância (semelhante à da paranormal citada no início do texto). Alan Tchumak consegue transmitir este efeito de outras salas do laboratório, e até de sua própria casa. Na hora combinada, de onde quer que estivesse, ele sempre conseguia alterar a condutibilidade da água no laboratório para a marca de 10 microampéres. Eis a contestaçãoirrefutável para os que consideram a transmissão de pensamentos à distância uma grossa mentira.

Zenin propõe a seguinte explicação para este fenômeno: aparentemente, o espaço físico que nos cerca, é organizado de modo idêntico a da água no que se refere ao registro e transmissão da informação. As pessoas, animais e plantas são compostas de elementos estruturais eletromagnéticos nadando no vácuo por entre partículas de diferentes gases que, aparentemente, também formam certas supermoléculas. As reações químicas processadas no cérebro de Tchumak polarizam o espaço ao seu redor. A formação dos elementos estruturais da água processada em seu cérebro é transmitida ao meio ambiente e segue até o destino. Não é uma "materialização" do pensamento mas sim -- uma "programação" da informação.

Na Natureza em evolução, o vácuo e a água se transformaram em elos de uma corrente de informação por possuírem estruturas semelhantes. E, como se sabe, somente estruturas semelhantes interagem entre si.

Portanto, sendo o Universo igual em todo lugar, a informação parte de alguns de nós e flui até os seus pontos mais distantes. Esta mesma igualdade do Universo indica que a vida existe não somente na Terra. Então, em algum outro lugar do Universo sabem da nossa existência. Mas, não pensem que os desconhecidos habitantes do Universo nos avaliam somente pelas "mensagens" de Tchumak e outros representantes da espécie humana. A água das torneiras grava detalhes do nosso cotidiano, a água dos rios preenche-se com informações sobre usinas e fábricas construídas em suas margens e sobre barcos que a navegam. O oceano de todo o planeta recebe constantemente milhões de volumes de informação sobre a humanidade que, depois de um certo período, desintegram-se em moléculas separadas. Será que o oceano, por ter tanta semelhança com o vácuo do Universo, não poderia transmitir a este último todos os nossos segredos?

E tem mais. Toda esta informação, antes de desaparecer, é repassada aos peixes, algas marinhas e ao fundo do oceano. Não sei se isto lhes faz bem.

 

"Por favor, vim comprar dois bits de informação contra hérnia"

A teoria de Zenin também dá uma nova e verossímil explicação para o funcionamento dos remédios homeopáticos. Na preparação destes remédios são usadas quantidades mínimas de material inicial, ou seja, algumas moléculas de material são diluídas inúmeras vezes em grandes volumes de água. Até hoje, ninguém conseguia entender como esta simples água curava. A questão tornava-se delicada e custava centenas de milhões de dólares pois, se nos remédios homeopáticos não existe nada, então devemos acabar com os charlatães. Mas, se existe algo, então os homeopatas devem estar presentes em cada policlínica regional.

Stanislav Zenin, Boris Polanuer, doutor em Biologia e Boris Tiaglov, doutorando em Química, pesquisaram (através dos métodos de cromatografia em fase líquida, ultravioleta e detecção refratométrica direta) todas as etapas de reestruturação da água durante os processos de diluição na preparação de remédios homeopáticos. Seus resultados foram conclusivos e, atualmente, não há dúvidas de que os portadores da informação curativa são as supermoléculas e suas formações matriciais.

E mais. Devemos lembrar que a irradiação eletromagnética e a extrasensorial alteram a estrutura da água de forma idêntica. Então, é lógico pressupor que o remédio do futuro poderá ser um simples frasco com água contendo informação para curar uma doença específica.

Além disso, Zenin está construindo um dispositivo que, através de um programa de computador, poderá reestruturar todo o meio aquoso do organismo. Acontece que a forma de composição das nossas supermoléculas é estritamente individual e único, como as impressões digitais.

Num futuro próximo, as maternidades, ao determinar o grupo sangüíneo de recém-nascidos, irão registrar também o quadro da estrutura de informação da água contida em seu sangue ainda não turvado pelo tempo. Mais tarde, no ser humano adulto ou em crescimento, poder-se-á diagnosticar doenças com exatidão verificando as alterações deste quadro. Em seguida, o dispositivo de Zenin devolveria à água do organismo doente a sua situação estrutural inicial. Zenin acredita que muitos males, inclusive diabete, câncer e doenças imunológicas serão vencidas exatamente deste modo.

A pessoa irá ao médico para ser afinada como um piano de concertos. Para que a música da vida soe não como uma triste elegia, mas como uma vibrante marcha.

Vladimir Zaselsky

Jornal "Ogoniok" N° 28, 13 de julho de 1998

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