NOTA do tradutor : "Rabinovitch" é o personagem principal da
versão russa de "piadas de judeu". Todas as anedotas abaixo são da época da
URSS. A numeração é remanescente das "1001 anedotas políticas". "RABINOVICH" |
85. -- A minha única divergência com os "bolchevistas" é na
questão agrária, -- diz o Rabinovitch. - Eles querem que eu seja enterrado e eu quero
que eles sejam enterrados.
87. Rabinovitch vê pela primeira vez um camelo: -- Meu Deus, veja em que estado eles deixaram o cavalo!
88. -- Rabinovitch, veja que céu lindo! -- Pois é, -- responde ele, sem levantar a cabeça. -- isto eles sabem fazer.
90. Rabinovitch foi expulso do Partido por 3 motivos: a) O secretário do Partido entrou no escritório do Rabinovitch, viu na parede os retratos de Khruschev e Brezhnev e perguntou: -- Por que você ainda não se livrou do retrato deste imbecil? E o Rabinovitch respondeu: -- De qual deles? b) Ao ver o luxuosíssimo funeral de um membro do Partido, Rabinovitch comentou: -- Mas que desperdício! Com este dinheiro eu faria o funeral de todo o Partido! c) O secretário perguntou ao Rabinovitch por que ele não compareceu à última reunião do Partido. E ele respondeu: -- Se soubesse que era a última eu iria!
92. Rabinovitch comenta: -- Haviam os faraós e os judeus. Os faraós foram extintos, os judeus ficaram. Houve a Inquisição e os judeus. A Inquisição acabou, os judeus ficaram. Haviam os nazistas e os judeus. Os nazistas desapareceram, os judeus ficaram. Agora temos os comunistas e os judeus. -- O que você está querendo insinuar? -- Nada, não. Os judeus chegaram às finais...
93. Rabinovitch lê o jornal com uma expressão desolada. Chaimovitch se aproxima e pergunta, todo esperançoso: -- Quem morreu? -- Infelizmente, foi só o Pompidou. - responde tristemente Rabinovitch.
94. Toda manhã Rabinovitch chega na banca de jornais, examina a primeira página do jornal "Pravda" e vai embora sem compra-lo. Um dia o vendedor lhe pergunta o que está procurando: -- Procuro um necrólogo. -- Mas, os necrólogos estão na última página. -- O necrólogo que procuro, vai ser publicado na primeira.
96. -- Rabinovitch, o Sr. lê jornais? -- Claro que leio. Senão, como iria saber que temos uma vida feliz?
104. Rabinovitch, recém-chegado a Israel continua a ler jornais soviéticos. -- Não consigo ler os jornais israelitas, -- explica ele. -- Eles escrevem que em Israel temos inflação, corrupção, desmoralização e que o país está à beira de uma bancarrota. Já os jornais soviéticos são outra coisa! Lá você lê que Israel é uma grande potência que já dominou a metade do planeta e se prepara para dominar a outra metade!
132. -- Chaim, soube da novidade? No zoológico nasceu um elefantinho! -- E eles pretendem culpar os judeus por isso?
138. Dois poloneses estão presos numa cela. -- E a culpa é dos judeus! -- Mas, por que? Na Polônia praticamente não há judeus! -- É por isso! Se tivesse, eram eles que estariam presos e não nós!
139. - Os judeus são espertos! Para si próprios inventaram o sionismo. Para os outros -- o marxismo.
144. Rabinovitch envia um telegrama: "Moscou. Kremlin. Ao Lenin. Camarada Lenin, por favor, ajude um pobre judeu. Ass.: Rabinovitch". No dia seguinte Rabinovitch é chamado a depor: -- O sr. enlouqueceu? Não sabe que Lenin morreu há muito tempo? -- Pois é. Com vocês é sempre assim. Quando vocês precisam -- ele está "eternamente vivo". E quando um pobre judeu precisa - ele já morreu há tempos!
333. Discursa o orador: "-- ... e no fim do plano quinquenal teremos dez quilos de carne por pessoa... ". Rabinovitch levanta do fundo da sala e o interrompe: -- Desculpe, não ouvi direito. O Sr. disse "por" ou "na"? -- Não entendi a sua pergunta. -- Pergunto se é -- "por pessoa" ou "na pessoa" ?
371. Um americano serve caviar preto ao Rabinovitch. -- Meu Deus, como vocês estão atrasados! -- diz o Rabinovitch. - Nós comíamos isto há 50 anos atrás!
397. Rabinovitch, falando sobre a vizinha que se preparava para viajar a Israel: -- É incrível! Esta mulher vai para tão longe, quando já a 50 km de Moscou não se encontra o que comer!
431. Varsóvia (Polonia). Dois judeus se encontram na esquina da rua Brezhnev com a rua Kossyguin. -- Pois é. Na época do Pilsudsky (presidente polonês), nós ainda comíamos carne! Passam anos. Eles se encontram novamente na mesma esquina, mas as ruas já foram renomeadas para Mao Tse-tung e Liu Shao-Tsi. -- Pois é. Na época dos soviéticos nós ainda comíamos! Passam mais anos e eles mais uma vez se encontram na mesma esquina, mas os nomes das ruas já são Patrício Lumumba e Kvame N'kruma. -- Pois é. Na época dos chineses ainda não comiam a gente!
456. Rabinovitch foi designado como cabo eleitoral nas eleições. Ele vai de porta em porta, bate e diz: -- Desculpem. Me pediram para comunicar-lhes que o governo soviético é o melhor do mundo. Lamento o incômodo. Até logo.
462. No Departamento de Emigração Rabinovitch explica os motivos que o obrigam a mudar para Israel: -- O primeiro motivo é o meu vizinho. Ele me ameaça dizendo: "Me aguarde, judeuzinho! Assim que o governo soviético acabar, eu te mato!" -- Então, o Sr. não tem nada a temer. O governo soviético nunca vai acabar! -- Pois é. Este é o segundo motivo!
520. -- Rabinovitch, por que o Sr. quer mudar para Israel? -- Estou cansado das festas. -- Que festas? -- Compro salame - é uma festa! Consigo comprar papel higiênico - outra festa!...
521. Rabinovitch há muito tempo deixou de manter correspondência com seus parentes no exterior. Um dia, a KGB exigiu que ele lhes escrevesse uma carta "animadora" convidando-os a morar na URSS: -- "Meus queridos, venham prá cá. -- escreve Rabinovitch. -- Aqui estamos construindo o socialismo. E, se vierem, logo vão encontrar o vovô Borakh, a vovó Lea e a bisavó Sara. Aqui é o paraíso."
539. O inspetor do Depto. de Emigração tenta convencer o cientista Rabinovitch a não emigrar para Israel: -- O sr. tem um bom emprego, uma boa casa. O que mais quer? -- A minha esposa insiste... -- E o sr. como marido, não pode dissuadi-la? -- Os parentes dela também querem ir... -- Então deixe eles irem. Mas o sr. fica! -- Infelizmente, sou o único judeu na família...
540. Cartaz no Depto. de Emigração: "Esposa judia não é luxo -- é um meio de transporte".
541. Anúncio: "Precisa-se. Família russa culta precisa de um genro judeu para sair do país".
552. Rabinovitch trabalha na linha de produção de uma fábrica de carrinhos de bebê. A esposa grávida convence-o a roubar aos poucos peças do carrinho para depois montá-lo em casa. Alguns meses depois, Rabinovitch está pronto para montá-lo. Após horas de trabalho, chama a esposa e diz: -- Não consigo entender. Qualquer jeito que eu monte -- acaba saindo uma metralhadora!
554. II Guerra Mundial. Rabinovitch no "front" envia um telegrama para a Sara na aldeia. "Sara, chegou a primavera. Plante batatas no quintal". Sara responde: "Rabinovitch, não temos como arar o quintal". Rabinovitch envia novo telegrama: "Sara, não mexa no quintal. Tenho uma metralhadora enterrada lá.". Mais tarde, recebe telegrama da Sara: "Rabinovitch, chegaram pessoas da KGB. Reviraram o quintal, não acharam nada e foram embora". Rabinovitch responde: "Sara, agora plante as batatas." ------------------------------------------------------------ |