Comprimido eletrônico remédio do século XXI |
O "Eletro-estimulador do Aparelho
Digestivo" - ETD - foi desenvolvido e colocado em produção ainda no início dos
anos 80, por ordem especial do Politburo para tratamento da "elite" soviética. A "PÍLULA DO KREMLIN" NOVAS PESQUISAS Doutor em Ciências Médicas S. Rapoport Doutorando em Ciências Médicas M. Khutsichvili A nova série de testes com a (assim chamada) "pílula do Kremlin" foi realizada na Academia Médica "I.M. Setchenov" de Moscou (no passado recente denominado "1o Instituto Médico"). Foi testada a eficácia deste "remédio" no tratamento daquele tipo de doenças do aparelho digestivo para as quais ele tinha sido inventado nos anos 80. Por trás do pomposo nome "pílula do Kremlin" esconde-se um aparelho eletrônico miniaturizado: um eletro-estimulador autônomo. A eletroestimulação das funções alteradas do sistema do aparelho digestivo tem a sua própria história. Os primeiros testes neste campo foram realizados ainda em fins do século XIX. Em 1902 na edição russa da monografia de F. Lejar "Intervenção cirúrgica em casos inadiáveis" havia recomendações de utilização de "máquina elétrica" para tratamento de obstrução intestinal. Aliás, os equipamentos utilizados para este fim eram, na época, demasiado volumosos, desconfortáveis e permaneceram assim por muito tempo. Somente em 1963 a firma americana "Medtronic" lançou o primeiro eletroestimulador portátil do sistema digestivo. Na URSS a maior parte das pesquisas neste campo aconteceu no início dos anos 70, quando foram desenvolvidos e testados diversos aparelhos e métodos de eletroestimulação. Estes foram profundamente estudados por especialistas do Instituto Cirúrgico "A A Vishnevsky" e pelo Instituto Médico de Tomsk, onde foi construído, nos anos 80, o eletroestimulador autônomo do aparelho digestivo, que até hoje não possui análogos nem na Rússia, nem no exterior. Ele tem a forma de uma cápsula lisa com duas semi-esferas de aço inoxidável, às vezes anodizado com ouro. Sua dimensões são as seguintes: comprimento 22 mm, diâmetro 11 mm, peso cerca de 5 g. As semi-esferas da cápsula, separadas por uma gaxeta são seus eletrodos e, em seu interior estão a fonte de energia e o circuito eletrônico gerador de impulsos estimuladores. Ao entrar num meio condutor, na cavidade bucal por exemplo, o estimulador entra em ação e começa a emitir impulsos elétricos fracos. Agindo sobre a musculatura lisa, os impulsos provocam nela uma reação de resposta em forma de onda peristáltica, que transporta a cápsula pelo sistema digestivo. Em sua passagem o aparelho estimula todas as partes do sistema e, de forma natural, demora mais nos locais onde a capacidade motora está reduzida, agindo lá por mais tempo sobre a musculatura das paredes. Com isso, os fracos impulsos energéticos da cápsula sincronizam e reativam o trabalho do organismo. Mas, quanto há de verdade nas lendas sobre as miraculosas propriedades da "pílula do Kremlin"? Os testes realizados na Academia de Medicina "I.M. Setchenov" indicaram que numa série de casos ela é realmente eficiente. Por exemplo: na disquenese do esófago, na alteração das funções do intestino grosso e das vias segregadoras de bílis. Os dados dos testes revelaram resultados impressionantes: nos tratamentos realizados houve melhora em 75 100% dos casos, dependendo do tipo de doença. Existem, entretanto, contra-indicações do uso da "pílula do Kremlin". Ela não pode ser utilizada em casos de peritonite, doenças infecciosas agudas, em certas alterações da atividade cardíaca e numa série de outros casos. Como, durante os testes, as recomendações neste setor foram cumpridas à risca, não foram registrados complicações nem efeitos colaterais. Os especialistas da Academia consideram o eletroestimulador autônomo do aparelho digestivo um método terapêutico muito sério e eficaz e o recomendam para tratamento de uma série de doenças bem determinadas. Em comparação com os remédios o eletroestimulador possui uma importante vantagem: após a esterilização ele pode ser utilizado novamente. Isto, obviamente, reduz o custo da terapia. Anotação de E. Zviatina
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